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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Peixe Betta

Doenças causadas por protozoários e outros parasitas:
Ictiofitiríase
Nomes comuns: Íctio ou Doença dos Pontos Brancos (Matador de alevinos Nº1)
É causada pelo protozoário Ichthyophthyrius multifiliis, que normalmente se manifesta quando os peixes são submetidos a quedas bruscas de temperatura. No estágio inicial da infestação o peixe se esfrega no fundo e nos objetos de decoração do aquário. As nadadeiras ficam mais fechadas, ocorre perda de apetite e a respiração se torna ofegante. Surgem então pequenos pontos brancos espalhados por toda a superfície do corpo e nadadeiras. Este ectoparasita apresenta um ciclo evolutivo onde os indivíduos alojados sob a epiderme do peixe (trofozoítos) evoluem até alcançar a maturidade. Posteriormente abandonam o corpo do peixe para se alojar no fundo e/ou se fixar nos objetos do aquário e assim iniciar um processo de reprodução através de várias divisões. Um indivíduo maduro gera milhares de novos indivíduos (tomitos), os quais evoluem para uma forma livre nadante (terontes), forma infestante da doença.
Todos os medicamentos destinados ao combate deste ectoparasita somente conseguem eliminá-lo quando este encontra-se na fase livre nadante, ou seja, na fase de teronte. Portanto, para se erradicar esta parasitose do aquário é preciso que o medicamento esteja ativo durante todo o ciclo de vida do parasita, para combatê-lo quando este estiver na fase de teronte.
Um detalhe importante é que a velocidade deste ciclo é extremamente influenciada pela temperatura. Enquanto um ciclo de vida se completa em 35 dias a 10 ºC, este mesmo ciclo terá duração de 2 dias se a água for mantida a 27 ºC.
Quando a água atinge 32 ºC a reprodução do parasita é prejudicada. Aqui está então um recurso de manejo aplicável durante o tratamento da ictiofitiríase. A elevação da temperatura para a faixa compreendida entre 30 e 32 ºC, aumenta a eficiência dos medicamentos levando ao desaparecimento dos sintomas de forma mais rápida.
Tratamento: Temperatura em 30/32º e uso de parasiticida.
Oodiniose
Nome comum: Doença do Veludo. (Matador de alevinos Nº2)
Causada pelo protozoário Oodinium pilullaris. Este protozoário também costuma se manifestar quando ocorrem quedas bruscas de temperatura. Falta de apetite, emagrecimento, respiração ofegante, perda de equilíbrio e numerosos pontinhos dourados conferindo ao peixe uma aparência aveludada, são os principais sintomas desta doença. Ela é muito contagiosa e espalha-se rapidamente no aquário. Seu ciclo de vida é semelhante ao do protozoário causador do Íctio. É comum constatar sintomas de asfixia nos peixes infectados.
Tratamento: Parasiticida associado com fungicida.
Costiose
Nome comum: Costia.
Pode ser causada pelos protozoários Ichthyobodo sp. (Costia sp.), Chilodonella sp., Cylochaeta sp. e Brooklynella sp. entre outros. Os peixes apresentam o corpo com aspecto esbranquiçado ou nebuloso, falta de apetite e presença de ramificações vermelhas nas nadadeiras.
Tratamento: Parasiticida associado com fungicida.
Olhos Embaçados ou Dactylogirose
Causada pelos trematodos monogenéticos Dactylogirus sp. e Gyrodactylus sp. Os peixes apresentam os olhos cobertos com uma espécie de névoa, inchaço das brânquias, respiração ofegante, falta de apetite e outros sintomas associados às infecções por fungos ou bactérias.
Tratamento: Parasiticida associado com fungicida.
Doenças causadas por bactérias:
Olhos Inchados
Os olhos apresentam-se inchados e com o aspecto "saltado" e fosco. É uma doença causada pela má qualidade da água. Não é uma doença fatal, nem contagiosa e é de fácil tratamento. Ocasionalmente o peixe pode perder o olho afetado.
Tratamento: Troque 100% da água. Use um antibiótico.
Hidropsia
A Hidropsia não é uma doença, mas um conjunto de sintomas e sinais que surgem no decorrer de certas doenças. Ocorre quando há retenção de líquidos na cavidade abdominal, músculos e pele dos peixes, com conseqüências para todos os seus órgãos. Quando isto ocorre, o nível de proteínas do sangue diminui muito, o sangue se dilui, fica aquoso. Ocorre insuficiência dos rins e do coração do peixe. Ele não consegue eliminar água de seu organismo. Incha. As escamas, que estão presas a ele só por uma parte, se levantam, eriçam.
Tratamento: O início imediato do tratamento é essencial. Quanto mais cedo se iniciar, melhores as chances de o peixe reagir. Contra a inchação do peixe, em si, para ajudá-lo a eliminar água, pode-se tentar o uso do sal grosso. Antibióticos indicados são Aureomicina (clorotetraciclina) 25mg/L. Terramicina (oxitetraciclina), 50mg/L,em banhos de 24 a 72 horas, renovando-se a solução se estiver dando resultado. Cloromicetina (cloranfenicol),também é usada na mesma dosagem e tempo que a Terramicina.

Fungo na Boca (Cotton mouth)
Apesar do nome, normalmente é causada pela ação da bactéria Flexibacter columaris . Possuí como característica a presença de pequenos filamentos ou tufos de algodão formando uma grossa camada ao redor da boca. É comum a ocorrência simultânea de fungos.
Tratamento: Uso de antibiótico associado com um fungicida.  
Doenças causadas por fungos:
Possuem como característica o surgimento de estruturas presas aos peixes semelhantes a tufos de algodão. São consideradas doenças oportunistas que se manifestam quando ocorre uma queda na qualidade da água, responsável pela queda no sistema imunológico dos peixes, tornando-os suscetíveis à doença.
Doença do algodão ou Saprolegniose
Causada principalmente pelos fungos Saprolegnia sp. , Achlya sp. e Ichthyosporidium sp. . O peixe apresenta tufos semelhantes a algodão na superfície do corpo ou nadadeiras. Muitas vezes pode haver perda de escamas.
Tratamento: Uso de fungicida.
Doenças causadas por alimentação inadequada:
Problemas de bexiga natatória:
Bettas com problemas na Bexiga Natatória nadam com dificuldade e tem problemas em se manter na horizontal. Podem ficar no fundo, nadando por espasmos para chegar à superfície. Podem também ficar sempre na superfície como que "boiando". A causa é a alimentação; má qualidade, pouco variada e(ou) em excesso. Ração em "bolinhas" é o agente nº1 deste problema. Também é um problema muito comum em alevinos de 4/8 semanas que comem apenas nauplios de  artêmia. O betta deve voltar ao normal normalmente(principalmente os filhotes), porém em alguns casos o problema é irreversível.
Tratamento: Mudar a dieta. Se possível oferecer alimentos vivos, patês, etc. Evitar as "bolinhas". É interessante colocar o betta em recipiente com poucos centímetros de água. No caso dos alevinos deve-se adquirir algum alimento alternativo(ex.: microvermes). Interromper os nauplios por alguns dias.
Constipação:
   A Constipação Intestinal não é uma doença, pois mesmo com o problema o Betta ainda se alimenta e porque ela não é provocada por nenhum tipo de parasita, fungo ou bactéria. Ela é o resultado de uma alimentação de má qualidade, em especial aquelas rações que vem em formato de bolinhas. Foi citado as bolinhas porque na grande maioria dos casos de constipação as bolinhas são as principais "vilãs". O problema da bolinha como ração é que ela não possui bons níveis de proteínas e principalmente por ser muito dura, pois o Betta tem um intestino muito delicado e na natureza o come basicamente moscas e pequenos vermes que são facilmente digeridos. Por ser dura, em cerca de 6 a 8 meses a bolinha acaba criando uma espécie de gelatina, ou melhor, um embolado de ração no estômago do animal e este embolo impede a defecação do peixe, e em poucos dias após não defecar mais o Betta morre.
É importante também lembrar que existem Bettas que vivem anos comendo as rações em bolinhas sem apresentarem este problema, isso é possível porque existem Bettas que são mais resistentes, assim como existem Bettas que morrem após 6 meses sendo alimentado com esta ração. Então é melhor não ficar arriscando e brincando com a vida do Betta e garantir uma vida saudável ao peixe comprando uma ração de boa qualidade.
Tratamento para um Betta já constipado, em estágio não muito avançado:
É quando o Betta ainda está se alimentando e apresenta uma pequena dilatação do abdômem.
1. Suspenda a alimentação por 3 dias.
2. No terceiro dia comece a oferecer ração da Tetra (Tetra BettaMin) ou qualquer outra de BOA qualidade e artemias vivas ou bloodworms.
Tratamento para um Betta já constipado, em estágio muito avançado:
Quando o Betta já está a vários dias sem comer apresenta uma grande dilatação do abdômem.
A única maneira que conheço para este estágio seria pegar o peixe na mão com um paninho para ele não escorregar e introduzir uma agulha pelo ânus do Betta.
Faça assim:
Compre uma agulha (só a agulha) de aplicação de insulina que é mais fina, esterilize, e retire o Betta da água segurando-o firmemente com um paninho (cuidado para não machucá-lo) e ao lado direito do orifício anal introduza somente a ponta da agulha e precione levemente. Isso fará com que seja eliminado o líquido que está em seu abdômem. Aconselha-se esta prática apenas para os mais experientes, mas se você notar que não há mais jeito e não conhece ninguém que possa fazer isso para você, então faça você mesmo.

 

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